Contencioso Estratégico e suas perspectivas no ambiente de crise
Por Andresa Sena
Os impactos sociais trazidos pela pandemia exigiram mudanças e adaptações no mercado de trabalho. A renegociação de contratos, a adoção do trabalho remoto e os atendimentos virtuais são alguns desses movimentos.
No entanto, os impactos estruturais foram menores para a área da advocacia, que já passava por uma adequação ao mundo digital com a consolidação do processo eletrônico. Por outro lado, exigiu uma mudança de perspectiva na forma de atuação dos profissionais da área, a fim de se manter os contratos vigentes, através da redução da base de processos e dos altos custos que uma demanda judicial acarreta às finanças do cliente.
Neste cenário, o contencioso estratégico tomou a dianteira, pois seu mister não envolve apenas a resolução de conflitos de interesses, mas também a condução dos processos judiciais de forma célere, econômica e eficaz com inteligência de mercado, além da prevenção de litígios, que é fruto de um proceder proativo e de uma visão mais holística da associação dos elementos jurídicos, políticos, econômicos e sociais.
Uma forma de atuar que, inclusive, diminui a sobrecarga do sistema judiciário e acelera a prestação jurisdicional para todos os litigantes.
Ambiente de crise exige ainda mais uma advocacia estratégica que busque
soluções inovadoras e meios alternativos para solução de conflitos, alinhados aos
benefícios da tecnologia.